Hipertextualizando

Segundo Elisa, são vários autores conceituando hipertexto. A primeira ideia veio com Bush no artigo semifinal da máquina de arquivar memória uma espécie de microfilme extensor de memória, que não serviria apenas para guardar, mas que teria uma maneira inteligente de indexar e buscar. Para Nelson, hipertexto é necessidade de trabalhar lendo e escrevendo produzindo de forma não linear diferente do manuscrito.
Já para Levy, modelo de funcionamento da mente que para Elisa é o mais distante do conceito atual. Roger Chartier considera que outras organizações textuais, como enciclopédias e outras são hipertexto embora com natureza diferente.
Conforme estudos de Elisa os pesquisadores americanos defendem que o hipertexto envolve, principalmente elementos como a não linearidade e a maior interligação entre textos. Sem distanciar muito dessa idéia os brasileiros Ingedore Villaça Koch e Marcuschi colocam seus argumentos. Koch diz que do ponto de vista do leitor todo texto é um hipertexto e confirma o que defende Chartier de que a enciclopédia e outros textos remetem sempre a outros textos dando o caráter de não linearidade, mas de forma diferente do ciberespaço que é rápido.
Marcuschi na mesma ordem, trata o hipertexto como um processo de leitura / escritura multilinearizado, multisequêncial e não determinado, realizado em um novo espaço - o ciberespaço. Assim o que diz Koch é pertinente para o entendimento da palavra hipertexto, segundo ela, o hipertexto é responsável para tornar o leitor co- autor do texto, oferecendo-o possibilidades de opção, o que permite interatividade, criatividade e produtividade com relação ao aprofundamento de um tema, justamente o que essa atividade do E- proinfo está proporcionando aos leitores do assunto hipertexto, a idéia de seres planetários.
Tudo isso dá ao hipertexto o caráter que muitos teóricos apresentam inclusive Koch: não linear, volátil, não hierárquico e nem tópico, responsável pela multissemiose, interativo e descentralizado.